Hoje, 14 de março, Dia da Poesia me deu vontade de reavivar um post de 2008.
Ao invés de colocar um poema que me faz gosto, preferi lembrar o dia com uma notícia que me soou como uma belíssima, natural e espontânea demonstração da arte das Palavras, o que é um fato bem raro em se tratando de noticiário cotidiano.
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Ao invés de colocar um poema que me faz gosto, preferi lembrar o dia com uma notícia que me soou como uma belíssima, natural e espontânea demonstração da arte das Palavras, o que é um fato bem raro em se tratando de noticiário cotidiano.
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Quando Dorival Caymmi faleceu, no último dia 16 de agosto (2008), a mulher dele, Stela Maris, estava em coma há 10 dias, e contava com um total de cinco meses internada em razão de problemas cardíacos.
Dia 27, quarta-feira passada, 11 dias depois da partida do marido, Stela Maris também partiu.
Em meio à notícia da Folha de São Paulo, de hoje, sexta, 29/08, sobre o enterro da viúva de Dorival Caymmi, um comentário da neta do casal, Stella Caymmi, me tocou profundamente.
Para ela, sua avó “foi poupada da morte dele, e ele foi poupado da morte dela”.
No meio de tantas outras notícias e informações, que vão abrindo tantas janelas em minha cabeça, este comentário simples, numa notícia curta, fez o tempo parar por segundos.
Assim como, a visão de um nascer ou pôr-do-sol, ou um sorriso pleno de um filho.
Permitam-me repetir a frase:
Para ela, sua avó “foi poupada da morte dele, e ele foi poupado da morte dela”.
Quando ele partiu, ela não pôde saber, e, quando ela partiu, ele já estava lá...esperando por ela.
Não é ma-ra-vi-lho-sa-men-te lindo isso?
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