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domingo, 26 de janeiro de 2014

Primeiro disco de Caetano - Domingo

De 1967.  Bossa nova total. Disco em conjunto com a também estreante Gal Costa.

São 12 músicas de atmosfera tranquila, evocativas de cenas do seu ambiente, declarações à namoradas e aqueles sentimentos íntimos e ao mesmo tempo universais que a Vida nos provoca (Coração Vagabundo já aqui).

Caetano tinha 25 anos. O mundo era totalmente diferente. Externamente, claro, por que quem é que não carrega o rio da sua terra dentro de si?

"O rio só chega no mar 

Depois de andar pelo chão 

O rio da minha terra 

Deságua em meu coração"


De: Onde eu nasci passa um rio



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Filme “As consequências do Amor”, de Paolo Sorrentino

Do protagonista:
“A vida por si só, tediosa e repetitiva, se torna...na falta da fantasia, um espetáculo mortal”.

Um homem cuja existência foi praticamente anulada pela máfia, ensimesmado, apático e fechado para o mundo – até como forma de proteger o que foi um dia sua família -, capaz de controlar até seu vício (!), embora não consiga lograr o mesmo êxito com a incorruptível cobradora de consciências, a insônia.

“Nunca devemos deixar de ter confiança no homem”, é uma frase que sugere emergir de uma parte do caráter ainda imaculado, mas que torna-se apenas uma armadilha verbal com intenções dúbias, se quisermos ser otimistas. Proferida para marcar a preferência a contadores humanos na conferência de milhões de cédulas de dólares, em detrimento de máquinas, que poderiam fazer o serviço de forma mais rápida, e, talvez, mais confiável.

Mesmo quase desmoralizada, é uma frase forte, que ecoa ao duelar contra a realidade em que está sendo dita.

Ao final do filme, quando está sendo conduzido por seus carrascos – embora ele mesmo tenha se auto-conduzido ao seu destino – ouve-se uma suave e doce melodia, totalmente contraposta à densidade crepuscular da situação :

“Faz falta paixão, muita paciência; geleia de framboesa...e um toque...de inconsciência...”

Belíssima receita de vida!

A rendição ao encantamento de uma bela mulher, destranca todos os cadeados de seu aniquilamento e, ao mesmo tempo, o provoca, de forma real e fatídica.




Quem já amou sabe, que...não se sobrevive ao amor; mas sem ele, não chega-se nem a estar vivo.

sábado, 1 de setembro de 2012

Poeminha do Azul

O azul com o vermelho arroxeia
O Mar é azul, mas também é verde
Azul com A/mar..elo...é a seleção
A Lua azul é branca, mas o céu azul é azul mesmo (com nuvens brancas...)

Só não entendo mesmo é por quê o azul é chamado de azul...


domingo, 3 de junho de 2012

Cinema

O bom e velho cinema me levou hoje, ao meio-dia, para uma experiência no Cazaquistão, e depois, às 16:30, para uma outra bela viagem pela belíssima Finlândia....assim como há bem poucos dias, para Portugal e Irã......e (vi) vendo estas histórias tão singulares como universais...percebo que as diferenças são paisagens, são línguas e não mais, porque as esperanças, angústias, felicidades e tristezas...são iguais!

Poesia

"A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre as portas, que puxa as válvulas, que olha o relógio, que compra pão às 6 horas da tarde, que vai lá fora, que aponta lápis, que vê a uva etc. etc.
Perdoai.
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas."

Manoel de Barros

Nostalgia


" Mas quando eu repousar em cova rasa, e Deus estrela ou flor fizer de mim,


Estrela eu fico sobre a tua casa, flor humilde abrirei no teu jardim".

Cores explodindo nas pinturas de Michael Page, artista norte-americano que vive em São Francisco, Califórnia.