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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O dinheiro é deles

Claro que não seria uma decisão fácil, outras “trocentas” mil pessoas iam chiar, por já terem apostado na mega sena acumulada da próxima quarta-feira, nunca teríamos cem por cento de adesão, mas....seria um ótimo exercício de cidadania e de humanismo, a nação se colocar no lugar do pessoal de Novo Hamburgo-RS - que efetivamente ganhou o jogo, acertando os seis números, mas que tiveram a surpresa quase inverossímil de não ter tido seu jogo registrado, ou por uma falha humana ou por uma estelionato – e abrir mão da possibilidade de ganhar um prêmio acumulado, outorgando aos devidos ganhadores seus valores autenticamente ganhos, moralmente (no bom sentido desta castigada palavra) ganhos.


A utopia, no mínimo, renderia um ótimo debate.

Na minha modesta opinião, esse dinheiro já tem seus legítimos donos e sem rogar praga, talvez não faça tão bem aos seus possíveis outros ganhadores como faria o cumprimento de uma ação ética e humana.

Provaríamos que não só a Nação, mas o mundo ainda é capaz de surpreender positivamente, mesmo quando isso parece impossível.

Sinto mesmo que qualquer um de nós estará “roubando” de certa maneira os verdadeiros vencedores.

Talvez eu esteja sonhando acordado, mas vejo apenas uma oportunidade de ouro – possível e concreta - de uma redenção não divina, mas terrena, dando ao semelhante o que é do semelhante, também, me permitam, não no caráter religioso e sim, no caráter efetivamente humano, de estarmos todos ainda que distraídos, compartilhando da mesma Terra.

Como uma coisa leva à outra também sugiro este link, sobre uma frase pichada em um muro de Montevidéu: “O Patriotismo é um egoísmo em massa”.

http://revistatpm.uol.com.br/blogs/nosares

Repassar aos ganhadores o que o destino natural lhes reservou, seria um ótimo antídoto e assim poderíamos pichar: “O Humanismo é um altruísmo em massa”.

Mais uma Charge genial do Dálcio do Correio Popular, de Campinas

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ecologia e Política

Recomendo a leitura de artigo do filósofo Leonardo Boff que li no blog do Luiz Nassif.

Bem objetivamente, ele cita dados concretos de natureza ecológica que estão intimamente ligados às formas de fazer política e de viver, da população brasileira e mundial.

Dando uma olhada em alguns comentários da matéria que foram postados, é interessante notar como parece que Boff não é compreendido.

Para algumas pessoas, aquecimento global e tudo o que se refere a ecologia em geral ainda é visto como uma fantasia, um conto de fadas, uma conversa meio hippie que não tem relação nenhuma com o dia-a-dia, com a realidade do mundo.

Acabei de ver o filme "Gandhi" e lembrei de seus momentos de tristeza por não ver sua mensagem de não-violência devidamente compreendida.

Me parece que custa bem caro essa nossa dificuldade de escutar e assimilar, de dar importãncia às mensagens que chegam através de grandes homens, homens que não trabalham pra seu egoísmo e suas questões individuais, mas estão ou estiveram inteiramente dedicados a pensar e agir em nome da coletividade, da pátria-planeta.

O link do artigo:
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/02/19/a-pauta-de-leonardo-boff/

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Zonas Úmidas

Gandhi certa vez foi procurado por uma mãe que levou o filhinho consigo, e lhe pediu:

- Gandhi, este menino come muito açúcar. Já tentei de tudo e não consigo que ele pare com isso. Como ele gosta muito de você, com certeza irá obedecê-lo. Por favor, peça para que ele pare de comer açúcar!

Gandhi pediu àquela mãe que voltasse uns 15 dias depois.

Tempo decorrido a mãe o procura novamente e Gandhi olha o menino com bastante atenção e diz:

- Pare de comer açúcar!

O menino baixou a cabeça, mas fez sinal de que iria obedecer.

A mãe não entendeu nada daquilo e perguntou, super intrigada:

- Gandhi, por que você não falou isso há 15 dias atrás?

- É que há 15 dias atrás eu também comia açúcar!

Reproduzo a história acima para me policiar e não sair por aí fazendo um papel de eco-chato e, pior ainda, um eco-chato da boca pra fora.

Mas li sobre o dia mundial das zonas úmidas - comemorado dia 02 de fevereiro, mesmo dia de Yemanjá, por coincidência (?) – e realmente fico impressionado como tudo, todos nossos atos estão conectados com o tudo o que acontece na natureza.

Não somos culpados tampouco inocentes.

Mas somos responsáveis por nossas atitudes, que estão, obviamente, interligadas com as atitudes daqueles com quem temos contato.

Podemos nos deixar influenciar por atitudes positivas, e em decorrência disso, influenciar outras, e assim por diante, produzindo uma cadeia de ações que certamente desencadearão outras influências e ações similares.

Abaixo, como sugestão, o link do site Mundo Verde, onde li sobre o dia, noticiado também pela ONG WWF.

http://mundoverde.com.br/blog/2010/02/03/conheca-e-preserve-as-areas-umidas/

É uma boa semente.

Milagres do Haiti

Tragédias podem ser pessoais ou coletivas.

Ambas advém de fenômenos naturais, sejam provenientes das profundezas da terra em que pisamos e criamos a divina comédia e drama humano, ou dos mecanismos invisíveis que governam a própria existência e a vida, entre eles, sua antítese (ou complemento), a morte.

O mundo acaba muitas vezes para cada um de nós.

Num trauma instalado na infância, numa violência sofrida, no fim de um relacionamento, na morte de um ente/amigo querido e tantas outras mazelas.

Não sei de quem é a frase: “A dor é inevitável, o sofrimento, optativo.”.

Há quem seja derrotado e deixe sucumbir sua trajetória evolutiva e há quem, após um mergulho profundo na dor, a absorve, cicatriza e transforma em combustível para uma nova etapa na jornada, melhor e mais rica que a anterior.

Por mais que estejamos, em maior ou menor escala, um tanto anestesiados em sentir a dor do outro (ou por uma parcela de egoísmo, ou por mera falta de tempo ou pelo excesso de informações que chegam através dos veículos de mídia), tragédias em que um número muito grande de pessoas é vítimas ainda chocam, ainda nos permitem ligarmo-nos ao outro, mesmo distante geograficamente, provocando uma sensação de compaixão, uma vontade/necessidade de ajudar, seja em recursos financeiros e materiais, seja simplesmente em forma de oração.

Apesar de todo o stress da modernidade e de um sem-número de distrações supérfluas em que estamos inseridos, essa compaixão mostra que ainda estamos acordados, que ainda somos uma humanidade.

É impossível não nos surpreendermos com alguns fatos positivos e até mesmo, alguns Milagres, que se manifestaram em meio aos destroços causados pelo terremoto no Haiti.

Especialistas sempre dizem que o máximo que uma pessoa poderia suportar, em condições extremas como essa, seria um tempo variável de 3 a 4 dias.

No entanto, uma semana depois do violento tremor, uma semana embaixo dos escombros, foram resgatadas com vivas uma senhora de 69 anos de idade e uma criança, recém-nascida, de vinte e poucos dias de vida.

Alguns jornais mais ousados chamaram isso de pequeno...milagre.

Pequeno???

Uma criança, de vinte e poucos dias de vida, com pouco ar, sem o leite da mãe e nenhuma alimentação substituta, sem água, sozinha, sem nenhuma ajuda, resistir uma semana?

Lembrei-me da adolescente francesa de doze anos que, em julho de 2009, foi a única sobrevivente da queda de um avião que viajava de Paris para as Ilhas Comores. Cento e cinqüenta e três pessoas morreram e ela, apenas ela, escapou.

A Existência vai assim, em meio a toda a racionalidade, salpicando o cotidiano de milagres (de vários tamanhos...) e nós, se estivermos distraídos, não os percebemos, não os reconhecemos.

Às vezes parece que esses Milagres, tal sua magnitude, são direcionados àqueles que são mais céticos.

Aos mais “crentes” em algo superior, mais românticos talvez, bastaria os exemplos de pequenos milagres cotidianos, que acontecem com todos a todo instante, ou milagres de envergadura um pouco maior, como vivermos todos em um planeta-bola absolutamente solto no espaço, sem nenhum cordãozinho pra segurar!!!

Afinal, mesmo sendo explicável pela ciência...isso também não é um Milagre?

Obs: texto escrito antes de serem encontrados sobreviventes 15 dias após o terremoto ter acontecido. O que só reforça o mesmo.

A Charge é do Dalcio, do jornal Correio Popular, de Campinas.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Dia de Yemanjá

 


Uma das Mães mais cultuadas no Brasil, em seguidores ou não, das religiões afro-brasileiras.
Uma das inúmeras manifestações da Mãe Divina, a Rainha do Mar, diz a lenda, gosta de presentes.
Que ela possa aceitar presentes que não poluam o seu habitat sagrado.
Presentes em forma de orações, de silêncio, de cantos e devoção.

"Jangadeiro em 2 de fevereiro, pega o salgueiro e se atira ao Mar...levando flores e pedras brilhantes, para Janaína, filha de Yemanjá..."

 

 

Lá vem o Sol...

Hammerfest é uma comuna, cidade-porto da Noruega, com 9.157 habitantes, a 480 km do Círculo Pólar Ártico.


Nesta cidade, o Sol não se põe de Maio a Setembro e não aparece de 18 de Novembro a 1 de Fevereiro.

Então hoje é o úlitmo dia sem Sol na cidade em quase 3 meses!!!

Acho que amanhã a balada vai bombar em Hammerfest!