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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Trabalho sobre o jornalismo da Rádio Jovem Pan

Vou colocar "os melhores momentos" do trabalho que desenvolvi sobre o Jornal da Manhã, programa jornalístico realizado pela Jovem Pan.

INTRODUÇÃO

“Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo

Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer

Porque eu sou do tamanho do que vejo

E não do tamanho da minha altura.”

Fernando Pessoa



A megalópole paulistana já há muito deixou de ser uma aldeia.

Ou talvez seja, justamente, a conjunção de centenas, milhares de aldeias, cada uma com suas singularidades, mas que se pluralizam, devido aos seus inter-relacionamentos contínuos, de suas alegrias e agruras cotidianas.

Para enxergá-la bem, é preciso ter olhos que vejam o seu micro-cosmo – cada pequena aldeinha e cada indivíduo que a forma -, e igualmente, o todo e as suas associações contidas num espaço cada vez maior, o macro-cosmo.

Para enxergá-la bem mesmo, em seu interior e exterior, talvez seja preciso recorrer a outro de nossos sentidos, como a audição, o ouvir.

Escutá-la e trazer a sua miríade de vozes, consonantes ou dissonantes, mas sempre importantes, para quantos ouvidos puderem sintonizá-las.

Tecer assim, uma teia, onde conhecemos e somos conhecidos.

Conhecemos melhor, através da comunicação, a comum ação, nossa aldeia, nossa cidade, nosso mundo.

E por conhecê-lo melhor, podemos atuar nele aperfeiçoando pensamentos e atitudes, fazendo assim, de cada aldeia, de cada mundo, um lugar melhor.

O Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, atua como mediador entre o indivíduo, a sociedade e as administrações públicas.

É um espaço para o exercício da cidadania.

Contribui para um mundo melhor através do seu trabalho, sua missão de informar com credibilidade e prestar serviços à população, formando opinião com responsabilidade e discernimento.

Criando laços de parceria com o ouvinte, como a um amigo que se quer estar sempre junto, no trabalho, em casa, no trânsito, no passeio ou nos caminhos entre um e outro desses lugares.

Um trabalho árduo, de formiguinha muitas vezes, como um repórter atrás de uma notícia, ou de águia, como o helicóptero que sobrevoa a cidade em busca de uma visão maior para auxiliar aqueles que estão lá embaixo.

De acordar cedo e dormir tarde, ou, às vezes, nem dormir.

De se informar e se enriquecer cultural e intelectualmente, para estender automaticamente estes benefícios a quem (ouvinte) lhe concede o sagrado ato de lhe ouvir, de lhe confiar a sua atenção.

Trabalho de expor pontos de vista certos e equivocados, para discuti-los, debatê-los e crescer, às vezes com a razão, às vezes com a falta dela.

As várias vozes do Jornal da Manhã, cúmplices de momentos que ficarão marcados para sempre na história do mundo e na de cada um, acompanham milhares de paulistas, paulistanos e brasileiros há 38 anos.

Neste período, crianças tornaram-se adultos,

Filhos tornaram-se pais, alguns até avós...

Estados tornaram-se nações, e nações deixaram de existir;

Muros quedaram-se como em Berlim e levantaram-se como na fronteira de Israel com a Cisjordânia;

A moeda (símbolo da troca) trocou muitas vezes de nome em nosso país, que também trocou seus valores, principalmente através da liberdade de expressão e de imprensa;

Cantores e artistas encantaram e divertiram, ofertando ludicidade à dureza do dia-a-dia.

Medicamentos e tratamentos foram criados, quem sabe para aproveitarmos mais de toda essa ludicidade...

O Homem, que já havia pisado na Lua, teve que voltar seus olhos para seu próprio habitat e talvez tenha aprendido que o “grande passo para a humanidade” talvez seja cuidar melhor de sua própria casa antes de sair a visitar as alheias...

O Jornal da Manhã, de sua casa, a cidade de São Paulo, fala para cada vez mais pessoas no país e no mundo, pela comunicação através da Internet, a rede que faz o papel de interligar todos a tudo, o tempo todo, unindo continentes.

E a Jovem Pan, no matrimônio perfeito da tradição com a modernidade, vive junto essa união, exatamente do tamanho da sua altura, quase como uma “Jovem PanGeia”.

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