É claro que, devido a momentos sombrios da história humana, quando o natural direito de se comunicar esteve cerceado, 03 de maio é uma data a ser muito comemorada.
Mas também não deixa de ser incrível que tenhamos que festejar algo tão intrínseco e inerente a todo ser humano: a capacidade de pensar, sentir e expressar individualmente sua impressão do mundo e da vida, assim como não precisamos celebrar o ar, a chuva ou os raios do sol, fenômenos que, às vezes nem notamos, de tão frequentes e naturais.
Teorias de conspirações à parte, por mais que hoje tenhamos um sem número de interesses políticos e/ou comerciais sempre a espreita, quando não no interior de todo o panteão jornalístico, é inegável que vivemos em um tempo em que exercemos de maneira efetiva, nossa liberdade de expressão.
A ponto de parecer absurdamente esdrúxula a ideia de não tê-la.
Como alguém pode pensar em proibir outro alguém de falar, de cantar, de compor, de dançar, etc.?
Como alguém pode prender, torturar e até matar, extinguir da existência, um outro alguém porque este pensa diferente do status quo, e comunica essa diferença àqueles que também são diferentes já em seu íntimo e por isso o ouvem, o leem, o assistem?
Em nome do que?
Do poder?
Do dinheiro?
É como se a Idade Média, conhecida como Idade das Trevas, se manifestasse em outras épocas, além daquela em que recebeu a referida alcunha.
A Ditadura brasileira (e outras mundo afora) foi uma dessas manifestações.
A Censura foi uma forma de escuridão.
Coincidentemente – a não ser que tenha sido obra de algum jornalista extremamente ardiloso -, no dia 03 de maio também comemora-se o Dia Internacional do Sol, o doador máximo da Luz.
Sim, não é maluquice de algum político brasileiro qualquer que não tenha trabalho melhor a fazer.
É data internacional, como disse uma amiga, porque nasce pra todos...
Que o Sol da Liberdade então, ilumine a todos, inclusive, a Imprensa.
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