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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Troféu Inútil

Como vovó já dizia, ops, como Roger Moreira, do Ultraje a Rigor já dizia, "a gente somos inútil"....

Inventaram uma poltrona, que integrada a um Home Theater, sacode e treme aos ritmos dos filmes que são assistidos (Folha SP, 29/07/09).

Os criadores visam "intensificar a imersão do espectador".

É ou não é um forte concorrente para a inutilidade do século, ou pelo menos um indício de como somos experts em desperdício de tempo e de como deixamos certas futilidades ganharem maior importância do que procurar, por exemplo, meios de fazer com que nenhum ser humano no planeta morra de fome?

Assim caminhamos, nós, a humanidade, maximizando a distração e erguendo labirintos de marshmallow, plumas e paetês em torno do nosso umbigo, desprezando o estômago de outros iguais (?).

Rapidinhas

* Se a gripe A é tão inofensiva quanto os porta vozes oficiais do Ministério da Saúde tanto apregoam, porque essa orientação para adiar o reinício das aulas, para evitar possível disseminação do vírus?

* As denúncias contra o senador José Sarney devem ser maiores do que as que envolveram o ex-presidente Fernando Collor nos anos 90. Que os políticos cúmplices trabalhem para que tudo acabe em pizza, tudo normal, mas o que me incomoda é ver somente "protestos" bem-humorados (e nada contra o mau humor...) e/ou virtuais.

Cadê os estudantes, a UNE, os cara-pintadas????

* O Messenger (msn) completou esta semana 10 anos de vida. Li na Folha, que, segundo a Microsoft, o total de usuários no mundo é de 330 milhões de pessoas.

Não dá 10% da população mundial.
Somos muito ou muito poucos?

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Ego

Faz tanto tempo que não escrevo e tanto branco tenho quanto tento.

Ontem tive um insight.

Travei porque quero escrever só textos ótimos excelentes, incríveis, hiper inteligentes, mega super plus sensacionais e etc, etc e vai aí muito etc.

O Insight:

Ego.

Quero ser muito bom e aí não sou nada.

Ufa...descoberta a armadilha, vamos em frente, empunhando a mente com o lema dos Lobinhos: "O Melhor Possível".

Fazer o melhor possível, mesmo que o melhor....ainda possa melhorar!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Gripe

outra vez outra gripe.
e o dia é um dia fora dos dias
e pela torpeza do corpo, é um dia fora do tempo
embora o tempo esteja bom
(e sempre não o é...?)

uma ordem na agenda
no quarto, na louça
uma saída bem resolvida e rápida pra ludibriar o mal estar
e nisso quase ludibrio as coisas em que preciso pensar

Ainda falta o silêncio
Ainda fujo...
Ainda falta o amor
Ainda falta Eu

mas a Renovação está acontecendo...
calma
calma...
.................
preciso respirar
orar
caminhar
perdoar
acalmar
e amanhã outro belo dia de Trabalho sagrado, obrigado!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Um exemplo real

Acabei de ler no portal UOL que Barack Obama admitiu erro em duas nomeações feitas por ele para cargos de sua administração no governo.

Assumiu, em entrevistas a várias emissoras de televisão, seu erro e sua responsabilidade.

Considero esta uma grande notícia.
Talvez uma das melhores de todos os tempos.

Um presidente americano vir a público para dizer que errou é uma façanha extremamente corajosa e que mostra realmente a sua integridade e a vontade de ajudar a fazer um mundo diferente.

Não sei se é inédito, mas nunca vi político algum assumir erros.

Sempre há outros culpados e as circunstâncias são pouco esclarecidas, e quando algo vem à baila, é um festival de dissimulação constrangedora, porque pouco verossímil.

Um presidente com a carga que ele tem nas costas, a cobrança e patrulhamento que certamente terá, ter um ato dessa magnitude, provoca uma sensação de confiança surpreendente que talvez, através também da política todos possamos colaborar para a melhora de todos.

Se já é difícil assumir um erro para amigos ou esposas ou para quem quer que seja, imagine para o mundo e, principalmente para o povo que acabou de lhe dar um voto de esperança.

No emaranhado de notícias supérfluas, negativas e vazias que o dia-a-dia nos proporciona, essa merece uma pausa, uma respiração profunda e até, um sentimento de alegria.

Yes, ele pode mesmo!

http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2009/02/04/ult4909u7426.jhtm

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Revolta da Natureza?

Uma expressão que tem me incomodado muito é: "...a revolta da natureza...".

Qualquer chuva, calor, frio mais intenso e lá vem o rótulo repetido a exaustão.

Dessa forma, personificamos a Natureza como se fosse um Ser dotado de sentimentos.
E que sentimentos!

A Natureza é vista como vilã, como mesquinha, bruta, assassina, cruel.

Tudo porque ela simplesmente acontece.

E ainda mais como se não fôssemos, nós humanos, parte dessa Natureza.

A Natureza é praticamente uma "Flora" do mundo dos fenômenos!

Dessa forma, igualmente delegamos a responsabilidade das alterações de temperatura e do meio ambiente a ela, terrível Natureza egocêntrica, que está se vingando da civilização, só porque cortamos umas arvorezinhas aqui e ali.

Não penso que a Natureza se revolta.

Penso que colhemos o que plantamos.

Simplesmente.

Texto sobre Cazuza

Recebi de meu primo Henrique um texto escrito por uma psicóloga, Karla Christine, criticando o culto a ídolos como o cantor Cazuza.

Depois de assistir o filme sobre a vida do cantor, ela se indignou com o enfoque quase heróico dado ao artista.

Embora eu goste bastante de suas letras e músicas (“Exagerado” foi um marco pessoal, cantei muito nos karaokês da vida), parei um pouco para refletir e o fato de ser pai me inclina a dar valor às palavras da psicóloga.

Uma coisa é olharmos para um artista com as lentes púberes de adolescente, se identificar com sua mensagem, postura e modo de vida.

Outra coisa é o enxergarmos com os olhos um pouco mais experimentados pelo passar dos anos, e constatarmos que, por detrás de toda aquela força, espontaneidade, brilho e rebeldia, se encontram, na verdade, uma personalidade esculpida pela irresponsabilidade e pelo mimo excessivo.

Claro que todos teem (estou certo acordo ortográfico?) seu livre-arbítrio para viver da forma que desejarem.

Ocorre que uma educação distorcida influi brutalmente nos nossos desejos.

O texto de Karla é, no mínimo, um alerta para que estejamos sempre muito atentos com as mensagens que nos são passadas por aquilo que lemos, assistimos ou ouvimos.

A mitificação de ídolos pode causar interpretações estereotipadas da realidade.

Mesmo que as realidades sejam muitas.