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segunda-feira, 19 de março de 2012

Um Bigo

O meu Umbigo,
Não pode conversar com o seu
Umbigo,
Porque ambos estão muito ensimesmados,
cada um
Consigo.


Para versar Contigo,
Meu Uni verso
Namora
A tua versão, 
Ah, Coração...
O inverso com o umbigo de fora... 

Jogos da Mente (John Lennon)

"Jogos Mentais
Nós estamos jogando esses jogos mentais juntos,
Expandindo as barreiras, plantando sementes.
Fazendo a guerrilha mental
Cantando o mantra: Paz na Terra!
Todos estamos jogando esses jogos mentais eternamente
Algum tipo de druida levantando o véu.
Fazendo a guerrilha mental
Alguns chamam isto de mágica, a busca pelo Graal

Amor é a resposta e você sabe disso, com certeza
Amor é uma flor, Você tem que deixá-la florescer.

Então continue jogando esses jogos mentais junto
Fé no futuro, tirando o agora
Você apenas não pode vencer essas guerrilhas mentais
Absolutamente em outro lugar nas pedras de sua mente
Sim, nós estamos jogando esses jogos mentais eternamente
Projetando nossas imagens no espaço e no tempo

Sim é a resposta, E você sabe disso, com certeza
Sim é se entregar, Você tem que deixar rolar.

Então continue jogando estes jogos mentais junto
Fazendo danças rituais sob o sol
Milhões de guerrilhas mentais
Pondo o poder de suas almas à roda Karmica
Continue jogando esses jogos mentais eternamente
Elevando o espírito de paz e amor

Amor...
Eu quero que você faça amor, não guerra! Eu sei que você já ouviu isso antes."
 



Contos Sufi - O Diamante

O Hindu chegou aos arredores de certa aldeia e ali sentou-se para dormir debaixo de uma árvore. Chega correndo, então, um habitante daquela aldeia e diz, quase sem fôlego: 

- Aquela pedra! Eu quero aquela pedra. 


- Mas que pedra? - pergunta-lhe o Hindu. 


- Ontem à noite, num sonho, vi meu Senhor Shiva. Ele me disse que se eu fosse para os arredores da cidade, ao pôr-do-sol, eu encontraria um Hindu, que me daria uma pedra muito grande e preciosa, me fazendo rico para sempre.

Então, o Hindu mexeu na sua trouxa e tirou a pedra e foi dizendo:

- Provavelmente é desta pedra que ele lhe falou; encontrei-a numa trilha da floresta, alguns dias atrás; pode levá-la!

E assim falando, ofereceu-lhe a pedra. O homem olhou maravilhado para ela. Era um diamante e, talvez, o maior jamais visto no mundo. Pegou, pois, o diamante e foi-se embora.

Mas, quando veio a noite, ele virava de um lado para o outro em sua cama, sem conseguir dormir. Então, rompendo o dia, foi ver novamente o Hindu e o despertou dizendo:

- Eu quero que me dê essa riqueza que lhe tornou possível desfazer-se de um diamante tão grande assim tão facilmente!
 



Enviado pelo Facebook, do Espaço Omnisciência.

"Amélie Poulain" espalha surpresas por Lisboa


Recados em locais públicos onde se lê "estás muito bonita", etiquetas nas teclas do multibanco que oferecem "2 beijos" ou "20 abraços" e semáforos transformados em corações. Estas são apenas algumas das surpresas que Martim Dornellas anda a espalhar por Lisboa. O objetivo, explica, é "mudar pequenos mundos" através de "pequenas ações".
 
O mundo fantástico de Amélie Poulain, a jovem francesa que gostava de fazer pequenas surpresas para tornar as pessoas à sua volta mais felizes, chegou a Lisboa.

Por detrás do Projecto Amelie está Martim Dornellas, lisboeta de 37 anos, que se inspirou na personagem francesa, no grupo de movimentos espontâneos "Improvement Everywhere" e no Ze Frank ChillOut Song(projeto de um artista que compôs uma música a partir da contribuição de várias vozes e "ofereceu" o resultado final a uma mulher que lhe confessou, por email, sentir-se sozinha e triste na nova cidade onde vivia).

"O Ze Frank conseguiu envolver toda uma comunidade em torno do objetivo de ajudar uma pessoa. Acho isto maravilhoso. Acredito que se um dia fizesse algo tão simples e ao mesmo tempo tão poderoso como o ChillOut Song poderia sentar-me numa cadeira com um sorriso orgulhoso o resto dos meus dias", explica Martim ao Boas Notícias.
 
E talvez este sonho não esteja assim tão longe. O projeto de Martim chega a cada vez mais pessoas e as reações têm surpreendido o autor. No Facebook, o projeto conta já com quase dois mil seguidores e há cada vez mais gente a partilhar na página fotos das intervenções deste "benfeitor" urbano.

Reação das pessoas "é gratificante"

"Estou espantado com este feedback positivo. Nunca pensei que tivesse tanta força e que, de repente, houvesse tanto interesse à volta de uns autocolantes ou posters que apelam apenas ao sorriso, mas é realmente gratificante", confessa.
 
A ação que mais impacto causou até agora, diz Martim, foi a que transformou as luzes vermelhas dos semáforos em corações. Os primeiros foram colados pelo Projeto Amelie mas alguém gostou tanto da ideia que que "começou a espalhar os corações pela cidade inteira". "Como o objetivo do projeto é impactar pessoas, penso que esse é o que tem cumprido melhor o objetivo", explica Martim.
 
Outra ação que teve grande impacto, sobretudo ao nível da comunidade do Facebook, foi a intervenção nas placas de indicação da saída da A5 para Monsanto onde, graças à "magia" de Martim, se pode ler "Alcântara" e, por baixo, "Ajuda-nos", sendo que a parte do "-nos" foi acrescentada em papel autocolante.

Projeto vai continuar
 
O projeto não tem data para terminar. Enquanto achar que consegue surpreender as pessoas, Martim vai continuar a reunir ideias contando com as "contribuições dos outros".

No futuro, este "sócia" português da Amélie espera ampliar o conceito e fazer um projeto semelhante mas "com a colaboração de muita gente". Quanto a quem passeia por Lisboa e pelas redes sociais, vale a pena estar atento porque as surpresas - e os sorrisos - podem estar onde menos se espera.

Clique AQUI para visitar o Tumblr do Projecto Amelie e AQUI para aceder ao Facebook.

[Artigo sugerido por Sofia Baptista]

domingo, 18 de março de 2012

Evolução da Lua

A animação “Evolution of the Moon” (Evolução da Lua, em português) mostra os 4,5 bilhões de anos da Lua, desde que ela se formou até chegar ao que a gente vê hoje - tudo em apenas 2 minutos e 42 segundos.


Cada um corre do jeito que pode (Rubem Alves)


Havia crianças com Síndrome de Down. E todas elas trabalhavam com a mesma concentração que as outras crianças. Pareciam-me integradas nas tarefas escolares, como as crianças ditas “normais”. Perguntei ao diretor sobre o segredo daquele milagre. Ele me deu uma resposta curiosa. Não me citou teorias psicológicas sobre o assunto. Sugeriu-me ler um incidente do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll. Fazia muitos anos que eu lera aquele livro. E eu o lera como literatura do absurdo, coisa para crianças.
Alice, seduzida por um coelho que carregava um relógio, seguiu-o dentro de um buraco que, sem que ela disso suspeitasse, era a entrada de um mundo fantástico. De repente, ela se viu dentro de um mundo completamente desconhecido e maluco, com o chapeleiro e o gato que ria.
No incidente que nos interessa, encontramos Alice e seus amigos completamente molhados haviam caído dentro de um tanque. Agora, tinham um problema comum a resolver: ficar secos. O que fazer?
A turma da Alice, que era formado pelo pássaro Dodô –esse pássaro existiu de verdade, mas foi extinto–, um rato, um caranguejo, uma marmota, um pombo, uma coruja, uma arara, um pato, um macaco, todos diferentes, cada um do jeito como seu corpo determinava, todos eles pensando numa coisa só: o que fazer para ficar secos.
O pássaro Dodô sugeriu uma corrida. Correndo o corpo esquenta e fica seco. Mas Alice queria saber das regras. O pássaro Dodô explicou:
“Primeiro marca-se o caminho da corrida, num tipo de círculo (a forma exata não tem importância), e então os participantes são todos colocados em lugares diferentes, ao longo do caminho, aqui e ali. Não tem nada de ‘um, dois, três, já’. Eles começam a correr quando lhes apetece e abandonam a corrida quando querem, o que torna difícil dizer quando a corrida termina.”
Notem a desordem: um círculo de forma inexata, os participantes são colocados em lugares diferentes, aqui e ali, e não tem “um, dois, três, já”, começam a correr quando lhes apetece e abandonam a corrida quando querem.
Assim, a corrida começou. Cada um corria do jeito que sabia: pra frente, pra trás, pros lados, aos pulinhos, em zigue-zague… Depois que haviam corrido por mais ou menos meia hora, o pássaro Dodô gritou: “A corrida terminou!” Todos se reuniram ao redor do Dodô e perguntaram: “Quem ganhou?”. “Todos ganharam”, disse Dodô. “E todos devem ganhar prêmios.”
Acho que o Lewis Carroll estava expondo, de forma humorística, as suas ideias para a reforma dos currículos da Universidade de Oxford, ideias estas que ele não tinha coragem de tornar públicas, por medo de perder seu lugar de professor de matemática.
“Curriculum”, no latim, quer dizer “corrida”, “lugar onde se corre”. Uma corrida, para fazer sentido, tem de ser entre iguais, não faz sentido pôr araras, ratos e caranguejos correndo juntos. Não faz sentido colocar os “diferentes” para correr junto com os “iguais” Aquilo a que se dá o nome de integração em nossas escolas é colocar os “portadores de deficiência” correndo a mesma corrida dos chamados de “normais”. Nessa corrida, os “deficientes” estão condenados a perder. A corrida do pássaro Dodô é diferente: cada um corre do jeito que sabe e pode, todos ganham e todos recebem prêmios…

Leão de Asas (Eu mesmo, aos 19 anos)



O sol se esvanece no seu íntimo noturno
Seus lábios são as nuvens de um céu material
Seus beijos em aspas me tornam infiel ao sabor do vinho
O vinho derramado no chão


Deitada tua alma nua
Amando o meu corpo físico
Uma lágrima simples chorando
No espaço ao redor de um círculo

Numa pira a tocha se inflama
Erupção queimando a certeza
O cio valente de um poder escasso
Aço rente ao rio sem cor
Como o descanso de uma reação espontânea...

Um grito de agonia e tiros
A benção de um recém nascido
O olhar de um cachorro triste
Alpiste... pra um Leão de Asas

Num cenário de nomes vazios e ruínas belas
Nosso gozo mútuo nos ressuscita
Meu sêmen em ti, nos imortaliza

Sou o astro-rei do seu íntimo amanhecido
Sou habitante do teu olhar narcisista
Me apresento no seu desejo de me ter

Em que direção você voa?
Em que direção você voa?