Recebi de meu primo Henrique um texto escrito por uma psicóloga, Karla Christine, criticando o culto a ídolos como o cantor Cazuza.
Depois de assistir o filme sobre a vida do cantor, ela se indignou com o enfoque quase heróico dado ao artista.
Embora eu goste bastante de suas letras e músicas (“Exagerado” foi um marco pessoal, cantei muito nos karaokês da vida), parei um pouco para refletir e o fato de ser pai me inclina a dar valor às palavras da psicóloga.
Uma coisa é olharmos para um artista com as lentes púberes de adolescente, se identificar com sua mensagem, postura e modo de vida.
Outra coisa é o enxergarmos com os olhos um pouco mais experimentados pelo passar dos anos, e constatarmos que, por detrás de toda aquela força, espontaneidade, brilho e rebeldia, se encontram, na verdade, uma personalidade esculpida pela irresponsabilidade e pelo mimo excessivo.
Claro que todos teem (estou certo acordo ortográfico?) seu livre-arbítrio para viver da forma que desejarem.
Ocorre que uma educação distorcida influi brutalmente nos nossos desejos.
O texto de Karla é, no mínimo, um alerta para que estejamos sempre muito atentos com as mensagens que nos são passadas por aquilo que lemos, assistimos ou ouvimos.
A mitificação de ídolos pode causar interpretações estereotipadas da realidade.
Mesmo que as realidades sejam muitas.
Um comentário:
Encuriosou-me.
Passe-me o texto da psicóloga, sim?
F.F.R.
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