Há muito ouro, muita cobiça
A boca seca pela sede de justiça
Há muita fome, há muito nome
É meio-dia e tá atacando o lobisomem
Há muita farsa, tem pouca graça
Breakfast de operário é cachaça
Há muito disso, muito daquilo
Tem muito mato pra muito pouco grilo
Há muita nota, pouco dinheiro
O dobro da metade é quase inteiro
Há muito corpo e pouca tanga
Tem muito galo soltando a sua franga
Há muita fé, muita esperança
Pouco cacique pra tanta pajelança
Há muito filme, muita novela
Tem até santo acendendo a sua vela
Há muita regra, muito partido
E o sono eterno do gigante adormecido
Um comentário:
Nossa Carlão...Não conhecia a sua veia poética!!!
Gostei.
Abraços Cariocas...
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